terça-feira, 10 de julho de 2007

Problemas Gerenciais 1

Texto enviado por uma de nossas colaboradoras: "Trabalhei no marketing de uma confecção durante mais ou menos 1 ano. Esta confecção não existe mais, mas viveu durante 30 anos e eu me lembro, no início dos anos 90, de ver propaganda desta marca no cinema, coisa chique mesmo. Pensava que nunca teria dinheiro prá comprar uma blusinha deles. Bem, durante minha passagem por lá, os sinais de crise já eram visíveis. A fábrica já havia fechado e o escritório mudava de endereço pela primeira vez (foram 3 mudanças no total). Era hora de pensarmos na campanha de lançamento de verão. Meu chefe resolveu chamar dois produtores muito ins da época e eles decidiram que o Jr Duran seria o fotógrafo, e que clicaríamos a modelo, o marido da modelo e o filho da modelo para a campanha. Os produtores exigiram que as fotos fossem tratadas na Casa do Vaticano. E assim foi. E gastamos tanto com a produção - pq um time desses custou muito dinheiro - que não sobrou trabalho prá mim, quer dizer, não tinhamos verba prá veicular as imagens. Triste, não? Mas é assim que acontece. Algumas marcas elegem alguns gurus da moda e estes gurus fazem as marcas gastarem absurdamente. É claro que conseguimos notas em jornais e revistas sobre as fotos, mas isso não se reverteu em aumento das vendas. E eu perdi meu emprego!"

Passarela Tupiniquim

Somos contra celebridades em desfiles de moda. Por vários motivos. Porque a marca gasta um dinheirão pagando cachê de celebridade e este dinheiro podia ser investido no próprio negócio. Porque quem precisa desfilar, são as modelos, profissonais da coisa. Porque parece que a marca não tem nada de bom prá mostrar, então pega carona na fama da global e então, gostaríamos de saber o quanto a marca realmente transforma em venda o fato de aparecer em revistas de fofoca ou jornais por causa da dita cuja. Sem falar nos eventos de moda que acontecem fora do eixo SP- Rio. Parece que o evento só acontece porque vai ter celebridade desfilando. Tem um no sul, onde a marca só pode desfilar se levar uma famosa!
Copiamos tanta coisa lá de fora, que tal copiarmos o bom senso das semanas de moda de Paris e Milão que não têm o hábito de usar celebridades na passarela? Ou seria isso algo tipicamente brasileiro?

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Que fome, que frio!


Compramos a L'Oficiel Brasil no mês de junho por recomendação de uma jornalista. Ela nos disse se tratar de uma revista de moda de responsa. Mas, duas coisas foram demais... A primeira, um editorial com uma modelo tão magra que dava fome só de olhar, e depois o povo fica chocado quando uma dessas morrem... E um outro editorial com peles de verdade... Poxa, a gente tem acompanhado as mudanças de clima no planeta, a devastação da natureza... Pele, voltar a ser tendência? Que chato. E uma revista brasileira faz um editorial de peles... Ainda se tivéssemos aqui um inverno rigoroso... Tá, eu sei que as peles são prás bacanas que viajam o mundo, mas, que coisa mas fora de propósito, deve ser lobby dos fabricantes. E ontem mesmo li na Folha que existem casacos que usam mais de 50 bichinhos peludos...

Muito Ego na Moda 2

"Para Michelle, há um crescente interesse estrangeiro pela moda brasileira. "Mas, paradoxalmente, o Brasil tem vergonha de si mesmo", ela diz. "As grifes precisam ter mais identidade e ser mais fiéis ao país e aos seus próprios projetos." Os dois empresários se incomodam com o excesso de narcisismo dos estilistas brasileiros e com a falta de habilidade dos designers para o comércio. "Os estilistas precisam ter bons administradores ao seu lado, como tiveram Armani e Saint-Laurent", afirma Michelle. "Em geral, a moda brasileira se preocupa mais com o seu próprio ego do que com os seus negócios", arremata André.

Muito Ego na Moda 1

Trecho de uma matéria do Alcino, publicada na Folha de São Paulo, no dia 29 de junho último. Trata-se de uma entrevista com os empresários Michelle Nasser e André Brett, "feras da importação de roupas", responsáveis pelos negócios da Armani e Zegna no Brasil. Eles dão um recado ao mercado brasileiro: " André também não crê que grifes estrangeiras possam ser uma ameaça à indústria brasileira. " As marcas estrangeiras atendem a um consumidor sofisticado, internacional, que quer produtos de qualidade. E o problema da moda brasileira são os preços altos para produtos de baixa qualidade" diz. Na sua opinião, falta mão-de-obra qualificada para fazer produtos de luxo no Brasil. " E falta criação original, existe muita cópia do que é feito na Europa", completa.